Há muito tempo a humanidade vem tentando descobrir se existe vida fora do nosso Sistema Solar. Conforme novas tecnologias surgem, mais pesquisas são feitas para desvendar os segredos que a imensidão do Universo guarda.
É inegável que existem diversas teorias com relação a quem seriam nossos supostos vizinhos. Há quem acredite que os extraterrestres sejam semelhantes aos encontrados em filmes de Hollywood, outros acreditam que sejam parecidos com nós terráqueos, e claro, também tem quem acredite em nada disso.
Mas, afinal, existe ou não vida fora do planeta Terra?
Se levarmos em conta a vida microbiana, é provável que possa existir vida além do nosso planeta, assim como está sendo revelado em estudos feitos na atmosfera de Vênus. Entretanto, não é bem isso que estamos falando, não é mesmo? Estamos buscando respostas sobre vidas inteligentes, seres que são capazes de usar suas propriedades intelectuais e suas tecnologias para navegar pelo Cosmos e estabelecer contato com nossa civilização.
Ainda não há uma resposta concreta para esta pergunta que perturba a humanidade há tanto tempo. Porém, temos teorias e suposições que podem nos ajudar a chegar em algum entendimento sobre o assunto.
O Paradoxo de Fermi
O físico italiano Enrico Fermi (1901-1954), assim como todos nós, também tinha suas dúvidas quanto à existência de vida extraterrestre. Quando Fermi e outros cientistas debatiam sobre essa questão, em 1950, o físico então perguntou: “Onde está todo mundo?”. Foi essa frase que deu origem ao Paradoxo de Fermi.
Reprodução/Flickr/Smithsonian Institution
O paradoxo tem como ponto o fato que, somente em nossa galáxia, há bilhões de outros sóis como o nosso em que milhares de outros planetas orbitam, e mais bilhões de outras galáxias existentes no Universo. Se levarmos isso em conta, estatisticamente a chance de que exista vida em outros planetas é alta.
E o raciocínio do paradoxo vai além e sugere ainda que se alguma civilização extraterrestre fosse capaz de navegar pelo Universo utilizando espaçonaves a 1% da velocidade da luz, nossa galáxia, que tem cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro, poderia ter sido colonizada ao menos mil vezes.
Mas isso ainda não responde à pergunta principal: estamos sozinhos no Universo?
A Equação de Drake
A partir das indagações do Paradoxo de Fermi, outros estudos e teorias foram criadas para entender e estipular hipóteses que poderiam responder a grande questão. Foi então que o astrônomo Frank Drake, um dos principais atuantes na busca de vida extraterrestre, criou a Equação Drake com o propósito de desenvolver um argumento probabilístico usado para estipular o número de civilizações alienígenas que poderiam estabelecer algum tipo de comunicação na nossa galáxia, a Via Láctea.
Reprodução
A Equação de Drake leva em conta a multiplicação de alguns fatores. Por exemplo: a taxa de formação estelar em nossa galáxia é de cerca de 50 estrelas por ano, se considerarmos que 50% dessas estrelas podem ter planetas, em 10 mil anos, aproximadamente, 25 civilizações poderiam conquistar tecnologia o suficiente para se comunicar com outros planetas.
Mas ainda assim, mesmo sendo evidente que possa ter vida intergalática, nunca recebemos um único sinal.
Sendo assim, para ter uma resposta ao paradoxo, os cientistas encontraram outras maneiras de explicar essas questões. Essa resposta pode ser encontrada na teoria do Grande Filtro.
O Grande Filtro
Essa hipótese acredita que o motivo pelo qual não encontramos outras vidas explorando o Universo é porque existe uma espécie de barreira que impede o desenvolvimento de uma civilização em algum momento de sua história. Acredita-se ainda que nossa civilização pode ter ultrapassado esse Grande Filtro no passado e sobrevivemos, ou ainda iremos passar, tornando impossível encontrar outras formas de vidas e uma possível colonização do espaço.
É claro que as teorias não param por aí, existem várias outras hipóteses que tentam chegar em alguma explicação ao Paradoxo de Fermi. Há a possibilidade de que extraterrestres já tenham nos feito uma visita, mas em um momento da nossa história que ainda não estávamos desenvolvidos tecnologicamente como hoje, causando um certo desinteresse dessa população espacial ao nosso planeta.
Ou ainda a de que a exploração espacial desses outros seres não tenha chegado ao nosso Sistema Solar. E também a chance de que, na verdade, somos a primeira civilização inteligente da nossa galáxia e que as outras possam estar passando pelo processo de desenvolvimento da sua própria “humanidade”.
Enfim, podemos enumerar diversas ideias para chegarmos a alguma conclusão razoável sobre essa questão que há milhares de anos tentamos resolver. É certo que cada vez mais estudos estão sendo feitos e nossa tecnologia cresce cada vez mais. É possível dizer que nosso futuro reserva ainda milhares de incríveis descobertas.
