Nesta terça-feira (11), comemora-se o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. A data surgiu em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas com o objetivo incentivar a participação igualitária de mulheres e meninas na ciência e ressaltar a importância do papel das mulheres na comunidade científica.
O Instituto de Pesquisas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres. No Brasil, o público feminino representa 60% das bolsas pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes).
Embora a palavra ciência seja associada a área de biológicas ou de exatas, ela estende-se a todas as áreas do saber pois, segundo o dicionário Michaelis, o cientista é aquele especializado em uma ciência. O termo ciência, por sua vez, é definido como:
- Conhecimento sistematizado como campo de estudo: “[…] precisa também aprender a usar bem o lazer que um dia a ciência, ajudada pela técnica, lhe há de proporcionar” (EV).
- Observação e classificação dos fatos inerentes a um determinado grupo de fenômenos e formulação das leis gerais que o regem.
- O saber adquirido pela leitura e meditação.
Em homenagem à data, a Revista Quero selecionou 9 mulheres cientistas e suas respectivas áreas de atuação para você se inspirar.
1. Djamila Ribeiro
Pesquisadora em teoria feminista e mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Autora de livros como “Quem tem medo do feminismo negro?” e “O que é lugar de fala“, Djamila faz parte das 100 mulheres inspiradoras e influentes do mundo em 2019, pela BBC.
2. Aline Rochedo Pachamama
Doutora em História Cultural pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), atua na pesquisa sobre a cultura indígena. É idealizadora da Pachamama Editora e autora dos livros “Herança indígena, Memória afetiva e História” e “Pachamama: a poesia é a alma de quem escreve“.
3. Sônia Guimarães
É doutora em Física pela University of Manchester Institute of Science and Technology. Atualmente dá aulas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde foi a primeira mulher negra a lecionar.
4. Marisa Fernandes
Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Coletivo de Feministas Lésbicas (CFL). Foi pesquisadora responsável por pesquisas quantitativas e qualitativas voltadas para a população encarcerada do Estado de São Paulo.
5. Carolina Horta Andrade
Doutora em Fármacos e Medicamentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) e líder do grupo de pesquisa Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Molecular (LabMol) e pesquisadora visitante no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
6. Marjorie Chaves
Doutoranda em Política Social pela Universidade de Brasília (UnB) e filiada à Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), pesquisadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab-Ceam) e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e de Gênero (Geppherg).
7. Rose Monnerat
Doutora em Agronomia pela Ecole Nationale Agronomique de Montpellier (França). É pesquisadora A da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, onde coordena o grupo de pesquisas em controle biológico e a Plataforma de Criação de insetos.
8. Dalva Maria da Silva Matos
Doutora em Ecologia pela University of East Anglia (Reino Unido), professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e atua na preservação da biodiversidade e na análise dos impactos no meio ambiente causados por ações do ser humano.
9. Thaisa Storchi
Doutora em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde dá aulas no Instituto de Física. Também é chefe do grupo de pesquisa em astrofísica e atua na pesquisa de buracos negros.