Uma viagem para Marte é extremamente difícil e cansativa. Em resumo, os viajantes estarão confinados em uma nave com pouco espaço por cerca de 7 meses, enquanto são bombardeados por raios gama e outros tipos de radiação, além do enfraquecimento da perda óssea.
É por causa desse estresse que o antropólogo Jeffrey Johnson, da Universidade da Flórida, que agora coopera com a NASA, defende que alguém com um senso de humor muito bom deve integrar a equipe.
“Essas são pessoas que têm a capacidade de reunir todo mundo, preencher as lacunas quando as tensões aparecem e realmente impulsionam o moral”, argumenta Johnson em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
Rir e se divertir libera neurotransmissores como serotonina e dopamina, que nos dão a sensação de prazer e felicidade, além de inibir os efeitos do cortisol, neurotransmissor ligado ao estresse e que pode acarretar em diversos efeitos negativos no cérebro e no corpo.
O antropólogo observou equipes de diversas nacionalidades que viviam isoladas por um grande tempo na Antártica e no Alasca, e constatou que o efeito do humorista é bastante perceptível.
“Todos nós podemos pensar na pessoa que cumpre esse papel no trabalho, que nos faz rir e torna a atividade mais agradável”, diz Jeffrey. “Quando você está vivendo com os outros em um espaço confinado por um longo período de tempo, como em uma missão a Marte, as tensões tendem a desgastar. É vital que você tenha alguém que possa ajudar todo mundo a se dar bem para que possam fazer o seu trabalho e chegar lá e voltar em segurança. É missão crítica”.
Referência:
- SAMPLE, Ian. “Jokers please: first human Mars mission may need onboard comedians”; The Guardian. Acesso em: 19 fev. 2019.